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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

AMIZADE...


A amizade é um amor que nunca morre.A amizade é uma virtude que muitos sabem que existe,alguns descobrem, mas poucos reconhecem.A amizade quando é sincera o esquecimento é impossível.

A verdadeira amizade é aquela que não pede nada em troca, a não ser a própria amiga.

A verdadeira generosidade é fazer alguma coisa de bom por alguém que nunca vai descobrir.

Amigo é aquele que nos faz sentir melhor e sobre tudo nos faz sentir amados...Amigo é aquele que, a cada vez, nos faz entrevera meta e que percorre conosco um trecho do caminho.

MUITO ALÉM DA LEITURA DO JORNAL...


O jornal não deve ser entendido como uma “matéria” ou “disciplina” na escola, mas como uma fonte de informação para qualquer disciplina. A opinião é de Flávia Aidar, gerente de Projetos Educativos do Itaú Cultural, que desde 1982 utiliza o jornal como recurso pedagógico.
Bacharel em História pela USP (Universidade de São Paulo), Aidar foi responsável, em 1993, pela implantação e coordenação do Programa Folha Educação, do jornal Folha de S.Paulo. Atualmente, colabora na edição do Jornal Folha Educação com 4 edições anuais, que auxilia o professor a utilizar o jornal na sala de aula. Nesta entrevista, ela fala dos benefícios de se trabalhar com o jornal e fornece alguns exemplos aos educadores.

Professores de qualquer disciplina podem utilizar o jornal? De que maneira? Flávia Aidar — No meu entender, o jornal não deve ser entendido como uma atividade, "matéria" ou "disciplina" dentro da escola. Por ser uma fonte de informações sobre vários e diferentes assuntos, pode e deve ser trabalhado em qualquer disciplina e com qualquer faixa etária, ao lado de outras fontes de informação e leitura. Em língua portuguesa, por exemplo, trabalhar com as imagens (fotojornalismo) escondendo a legenda e solicitar que os alunos legendem a imagem ou dêem um título ao texto, ou ainda a partir de uma notícia, criar uma manchete, vai exigir do aluno um exercício de síntese na comunicação da idéia, bastante valioso pedagogicamente.

Que orientação poderia dar aos professores interessados em utilizar o jornal na sala de aula? Quais são as abordagens possíveis de serem praticadas pelos professores? Flávia Aidar — Antes de mais nada o professor deve ser um leitor de jornal. Isto não significa que ele tem que ler o jornal de "cabo a rabo" todos os dias. Mas que ele terá que estar familiarizado com este meio e proporcionar que seus alunos também se familiarizem com o jornal. Em seguida, ele deve saber como é que se estrutura a chamada "arquitetura informacional" do jornal, ou seja, ele deve dominar o que é a linguagem jornalística. Começar a explorar o jornal com seus diferentes tipos de texto já é um bom começo.

Considerando sua experiência e estudo, podemos considerar o jornal como um veículo parcial, carregado de preconceitos, juízos de valor e equívocos? Como o professor pode fazer frente a isso quando utilizar o jornal na sala de aula? Flávia Aidar — Não me parece privilégio do jornal a parcialidade na veiculação da informação, ou o comprometimento com uma determinada visão de mundo, ideologia ou, em outras palavras, responder por uma determinada concepção editorial. O que se deve ter como compromisso e desafio dentro da escola é exatamente o da formação de um leitor crítico, independentemente do tipo de texto ou de suporte em que ele (texto) seja veiculado. Daí a importância da resposta à pergunta anterior, isto é, o professor deve saber como se constrói a linguagem jornalística para que ele possa "ensinar" como se lê jornal. Leitura, no sentido mais amplo, significa necessariamente ser capaz de analisar os diferentes discursos, identificar os diferentes elementos que compõem a linguagem jornalística, os significados e os contextos de produção da notícia. Neste processo de análise do texto jornalístico, deve-se chegar, necessariamente, a quem produz a notícia, para quem? como circula a informação (as agências de notícias), a que interesses ela responde ou representa? quem é o dono daquele meio de informação? quem é este "dono" dentro do contexto social e político do seu país? E daí por diante....

SAÚDE DIREITO DE TODOS....


Um povo doente é um povo incapaz de construir uma nação digna e sustentável. Cada vez que nos deparamos com cenas de doentes jogados nos corredores dos hospitais ou nas salas de espera fica a sensação de horror com o pouco caso com a vida humana.
Todos nós assistimos a desgraça dos pobres infelizes que dependem da assistência da saúde pública, sem nada poder fazer, ou podemos? Sim, claro que podemos, a sociedade é o conjunto de todos os cidadãos que a compõem e os problemas que afligem a uma parte influenciará os outros também.
A passividade diante do sofrimento alheio é um sintoma da indiferença causada pelo convívio diário com as mazelas do mundo, apresentadas na TV e em outros veículos de notícias. Esse choque com a realidade trágica da atualidade causa-nos uma apatia e indiferença sem precedentes em nossa história. Estamos como anestesiados por esse caos social que vivemos.
Um sintoma do descaso com a nossa saúde é a fortuna gasta pelos governos que não se reflete em benefício para os necessitados. Impostos são criados a todo o momento para esse fim, porém, nada muda.
Pelo contrário, a cada dia piora o atendimento de quem dele precisa.
Alguns governos e legislativos sucedem-se em discursos vazios e hipócritas, destinando os recursos que deveriam ser usados para reformar hospitais, clínicas, ambulatórios, postos de saúde, para outras finalidades, a maioria escusa e desvirtuada da verdadeira finalidade que a gerou.
Temos um povo de ótima índole, que não reclama e aceita toda essa situação como obra do destino, ou talvez por acreditar que, infelizmente, nada possa ser feito mesmo. O povo está errado, nós podemos mudar essa situação. É só querer. Como?
Os empresários podem reverter uma pequena parte dos seus ganhos para melhorar o atendimento médico e odontológico dos seus colaboradores e suas respectivas famílias e, por que não, para a comunidade mais necessitada do entorno de seu negócio. Além disso, deveriam incentivar que mais empresários também o fizessem.
Mas deveríamos cobrar muito mais de quem foi escolhido para gerir os nossos recursos, de quem esperamos que saiba usá-los da melhor forma para atender bem a toda a sociedade e que durante o seu mandato faça das suas promessas de campanha o seu verdadeiro objetivo de trabalho.
Com o que gastamos hoje com a saúde nas três esferas, nacional, estadual e municipal, poderíamos ter um dos melhores programas de saúde do mundo. Se a realidade é totalmente oposta, a pergunta é por quê?
Infelizmente, a maioria dos nossos políticos não merece o povo que os elege. Eles sofrem de amnésia instantânea após os resultados das eleições e só voltam a se lembrar na próxima campanha de reeleição.
Às vésperas de mais uma eleição municipal vale recordar os candidatos que prometem saúde digna para todos e que, quando eleitos, se esquecem de seus compromissos, permitindo cenas como as vistas diariamente nas TVs.
É hora de cobrar o direito de todos nós por uma saúde digna, agora e sempre. Merecemos melhores políticos, podemos tê-los, é só aprendermos a exigir os nossos direitos, não nos calarmos. Temos que nos fazer ouvir.
Pessoas doentes não produzem, não ajudam a construir um país melhor, não participam das mudanças necessárias para transformar este mundo caótico em um mundo sustentável, em um bom lugar para se morar e criar nossos filhos e netos.
Blog Raízes.
Por Luiz Fernando do Valle

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

ANTES QUE ELES CRESÇAM...


Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados, e crescem sem pedir licença... Crescem com uma estridência alegre e às vezes com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias de igual maneira, crescem de repente. Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal naturalidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.Onde é que andou crescendo aquela danadinha, que você nem percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e amiguinhos e o primeiro uniforme de maternal?A criança está crescendo num ritual de obediência organizada e desobediência civil. E você agora está ali, na porta da discoteca esperando que ela não apenas cresça mas apareça. Ali estão muitos pais ao volante esperando que saiam esfuziantes sobre seus patins e cabelos soltos.Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda e o moletom amarrado na cintura quase caindo. Está quente, achamos que vai estragar o moletom, mas não tem jeito, é o emblema da geração.Pois ali estamos, com os cabelos ficando esbranquiçados. Esses são os filhos que conseguimos gerar apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e das ditaduras das horas. E eles cresceram meio amestrados, observando nossos erros.Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das danceterias e festas. Passou o tempo do ballet, do judô, do inglês e da natação. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas própriasvidas.Deveríamos ter ido mais à cama com eles ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adevisos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Será que não os levamos suficientemente ao bendito Playcenter e ao shopping, será que não lhes demos hambúrgueres e cocas, será que não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas? Talvez sim, mas será que dissemos a eles que os amávamos e o quanto eles eram importantes para nós?Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo nosso afeto. No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas, e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, as disputas pela janela, pedidos de chicletes e sanduíches sem falar nas cantorias no banco de trás.Depois chegou a idade em que viajar com os pais se tornou um esforço, um sofrimento, pois era impossível largar a turma e os primeiros namorados. Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas de repente morriam de saudade daqueles "pestinhas".Os filhos crescem. E os pais também. Essa separação não é perda, é desdobramento. Como as árvores que necessitam de distância para poder expandir seus galhos sem se engalfinhar num emaranhado de ramos e raízes que acabam enfraquecendo-se mutuamente, filhos necessitam se afastar para Ter a real dimensão de si mesmos e de seus pais. E à distância, paradoxalmente, podem acabar se sentindo mais ligados e amados do que nunca. São ciclos de vida. E cada ciclo deve ser vivido intensamente. As mudanças, embora difíceis, quando assumidas sadiamente, são um momento de enriquecimento da vida.
Antônio Afonso de Sant´anna ...