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sábado, 8 de agosto de 2009

POLÊMICA ENTRE OS MÉDICOS EM PETRÓPOLIS...


Janaina do Carmo

Redação Tribuna


A campanha Este Lado pra Cima, lançada pela Pastoral da Criança, está gerando divergências entre os pediatras. Muitos não acreditam que a orientação da campanha seja a melhor maneira de proceder com os bebês. A iniciativa da pastoral orienta as mães de todo o país sobre a posição correta para o sono das crianças: de barriga pra cima. Um estudo do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) mostra que colocar o bebê para dormir desta maneira reduz em até 70% o risco de morte súbita.

Segundo o pesquisador Cesar Victora, coordenador do Comitê de Mortalidade infantil de Pelotas (RS), se uma criança está deitada de barriga para cima e se afoga, sua tendência, por instinto, é tossir e com isso chamar a atenção dos pais. No caso da morte súbita, essa reação não acontece e a morte se dá de forma “silenciosa”.

'Colocar o bebê para dormir de barriga para cima pode ser muito perigoso, pois se ele golfar pode se engasgar. Deitado de lado, o risco de engasgar com a golfada é bem menor', disse o pediatra Carlos Henrique Coutinho. Para o pediatra, colocar os bebês para dormir de lado é a maneira mais segura de evitar o refluxo. 'Eu continuo aconselhando os meus pacientes do mesmo jeito, há muita controvérsia em relação a essa campanha', relatou o médico.
A gastropediatra Claire Tesch também não aconselha as mães a seguir esta orientação. 'A minha experiência como médica me faz acreditar que os bebês deitados de lado correm menos riscos do que de barriga para cima. A iniciativa é da Pastoral da Saúde, com estudos feitos pela Agência Americana de Pediatria, mas acredito que mais testes e pesquisas devem ser feitos para que essa idéia seja melhor aceita pelos médicos', comentou Claire.
Segundo pesquisas feitas pela campanha, os riscos de dormir de barriga para baixo são semelhantes a dormir de lado. Essa posição é instável e muitos bebês rolam e ficam de barriga para baixo. 'Vendem-se aqueles rolinhos para colocar no corpo do bebê para que ele não vire, é isso que aconselho as mães que vêm ao meu consultório',comentou a pediatra Sandra Filomena Tkotz.
A opinião dela é a mesma da maioria dos médicos pediatras. Para eles, se não houver uma divulgação de pesquisas sobre o assunto a campanha terá poucos adeptos. 'Em 20 anos de medicina, nunca tinha ouvido falar que colocar o bebê para dormir de barriga para cima era mais seguro', concluiu a pediatra Sandra Filomena.
A morte súbita é uma das maiores causas de mortes entre bebês até um ano de idade e ocorre mais frequentemente nos meses de inverno. Segundo pesquisas, em muitos casos ela acontece porque o bebê está de lado ou de barriga para baixo, pois o bebê respira um ar menos puro, ou seja, ele respira parte do ar que deveria ser eliminado. 'Esta questão deverá ser bem estudada, são muitas opiniões contra, é um assunto bem discutível', concluiu o pediatra Carlos Henrique Coutinho.
A campanha Este Lado para Cima conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria, Ministério da Saúde, Unicef e Criança Esperança.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

É PROIBIDO REFRIGERANTE NA MERENDA ESCOLAR...


O Ministério da Educação (MEC) determinou na sexta-feira passada, dia 17, que está proibido o uso de refrigerantes, refrescos artificiais e outras bebidas com baixo teor nutricional na merenda escolar e restringiu a compra de enlatados, doces e alimentos com quantidade elevada de sódio a apenas 30% da verba repassada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).O Mec ressaltou a importância da adoção de estratégias de educação alimentar e nutricional para assegurar uma comida saudável, como implantação e manutenção de hortas escolares, a inserção do tema alimentação no currículo escolar e a realização de oficinas culinárias experimentais.

ALERTA SOBRE BENZENO EM REPRIGERANTES...


Milhares de brasileiros que consomem refrigerantes podem, sem saber, estar ingerindo benzeno, uma substância comprovadamente cancerígena. Apesar de a associação de defesa dos consumidores Pro Teste ter feito o alerta no início de maio, até o momento nenhuma providência foi tomada nem pelos órgãos competentes, nem pelas empresas.Eles não negam a denúncia e alegam que cumprem os requisitos contidos na legislação brasileira. De acordo com o Ministério da Agricultura, 'não há limite estabelecido oficialmente para o benzeno em refrigerantes'.Segundo a coordenadora institucional da Pro Teste, a advogada Maria Inês Dolci, o objetivo inicial da entidade era apenas analisar a higiene e o valor nutricional das bebidas.


Para surpresa dos pesquisadores, sete das 24 amostras de diferentes marcas submetidas a testes revelaram indícios de benzeno: Fanta Laranja; Fanta Laranja light; Sukita; Sukita Zero; Sprite Zero; Dolly Guaraná e Dolly Guaraná diet.Como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pelo controle e fiscalização dos produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública, não estabelece limites para a presença da substância em refrigerantes, os pesquisadores se basearam nos parâmetros legais sobre a existência do benzeno na água para definir um referencial “considerado aceitável” à saúde humana.Mesmo por esse critério - que o próprio Ministério da Agricultura considera “inadequado” -, a Fanta Laranja light e a Sukita Zero foram reprovadas. No caso da Sukita Zero, a concentração da substância excedia em quatro vezes o valor de referência.


Responsável por registrar os produtos, o ministério informa que é possível que o benzeno se forme a partir da reação entre o ácido benzoico, empregado como conservante, e o antioxidante ácido ascórbico.


Sobre o risco de os refrigerantes conterem benzeno, no entanto, o ministério se limitou a informar que, não havendo limites estabelecidos oficialmente para a presença do “contaminante” em refrigerantes, apenas checa se os ácidos benzoico e ascórbico são usados conforme permitido pela Anvisa.


A agência, por sua vez, informou que “o uso do ácido benzoico em bebidas não alcoólicas” é permitido e que o Ministério da Agricultura “deve checar se os limites de uso desses aditivos está sendo respeitado” ao conceder o registro do produto.


Em resposta, nenhuma menção é feita ao benzeno, embora já em 2003 a própria Anvisa tenha proibido a fabricação, distribuição e comercialização de produtos que contenham a substância, caracterizada pela International Agency Research on Cancer (Iarc) como “comprovadamente cancerígena”.“O assunto é sério.


Muitas pessoas consomem refrigerantes e já que constatamos a presença de benzeno em algumas bebidas, há uma responsabilidade muito grande dos órgãos reguladores e da indústria”, disse a coordenadora da Pro Teste.“Esperamos que sejam adotadas as medidas cabíveis para que seja proibida a presença de benzeno nas bebidas.


Sugerimos que os fabricantes substituam um dos dois ácidos do processo industrial e que os órgãos competentes elaborem uma legislação específica que proíba a presença do benzeno em refrigerantes'.Em resposta enviada à Pro Teste, a Coordenadoria-Geral de Vinhos e Bebidas do ministério disse estar levantando informações com os fabricantes sobre quais deles usam a combinação dos ácidos benzoico e ascórbico, “que podem causar a formação do benzeno”.



O ministério garantiu que está adotando “as medidas necessárias para desenvolver uma metodologia capaz de detectar a presença do benzeno em bebidas”.


Falando em nome da Coca-Cola (fabricante da Sprite Zero, Fanta Laranja e Fanta Laranja light), da Ambev (Sukita e Sukita Zero) e da empresa Dolly - procuradas pela reportagem para comentar o assunto e esclarecer se, confirmada a denúncia, alguma providência havia sido tomada -, a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes (Abir) informou que seus associados não tiveram acesso à pesquisa, não podendo comentá-la.A entidade informou também que os produtos citados são registrados “e seus componentes e fórmulas obedecem a todos os requisitos da legislação brasileira de saúde”.
Fonte: Agência Brasil










sábado, 1 de agosto de 2009

Plante um pé de Cebolinha - UOL Crianças - Álbum de Fotos

Plante um pé de Cebolinha - UOL Crianças - Álbum de Fotos

ALFABETIZAÇÃO PRECOCE...


O pai de um garoto de dois anos conta que o filho já sabe o nome de quase todas as cores e também contar até doze, tudo ensinado por ele e pela mãe.
O próximo passo será ensiná-lo a escrever o nome. A mãe de uma menina de quatro anos está aflita porque teve de matricular a filha em uma escola mais em conta neste ano, que não pede lição de casa nem ensina a ler e a escrever algumas palavras, como a anterior.
Ela acredita que a filha irá regredir nos estudos.Muitos pais de filhos com menos de seis anos andam afoitos para que estes se iniciem nas letras e nos números, aprendam conteúdos específicos na escola, tenham acesso a outra língua etc. Estudos mostram que essas crianças têm alta capacidade de aprender.
Muitas escolas, atentas a esse anseio, passaram a ofertar estímulos para a alfabetização precoce. Os pais, em geral, ficam satisfeitos com esse procedimento e orgulhosos das conquistas dos filhos.
Mas essa atitude é boa para as crianças?Nossa reflexão a esse respeito não pode se basear em estudos sobre vantagens e desvantagens da alfabetização antes dos seis anos. Tal discussão está posta há tempos e não permite conclusão, já que especialistas se dividem em posições opostas e se fundamentam em pesquisas científicas. Talvez o melhor caminho seja pensar em alguns efeitos da introdução precoce da leitura e da escrita.
O primeiro deles é que um bom número dessas crianças não aprende as letras e passa a apresentar o que se convencionou chamar de dificuldade de aprendizagem. Pasmem: muitos médicos têm recebido pais torturados cujos filhos com três, quatro ou cinco anos não acompanham os colegas em tal aprendizado.
Esse fenômeno ocorre porque nem toda criança se interessa por aprender a ler e a escrever o nome dos colegas ou simplesmente não está pronta para enfrentar o processo de alfabetização.
Como a escola, em geral, não tem metodologia para lidar com grupos de alunos com diferenças de ritmos e de maturidade entre si, acaba por tratar a média como norma. Assim, crianças que não se situam nessa média costumam ser suspeitas de apresentar algum distúrbio de aprendizagem.
O segundo efeito da alfabetização precoce é que ela contribui para o desaparecimento da infância. Que crianças pequenas já carreguem grande parte do peso do mundo adulto porque não conseguimos mais protegê-las dele é fato.
Mas colocá-las intencionalmente nesse mundo é bem diferente. Até os seis anos, o mais importante é brincar livremente para desfrutar o que pode da primeira infância, que dura tão pouco. Claro que algumas se interessarão pelas letras espontaneamente. Que isso seja tratado como brincadeira, então. Acelerar a aprendizagem na esperança de uma melhor formação para o futuro é ilusão e equívoco de nossa parte.Cabe aos pais e às escolas a defesa intransigente do direito que a criança tem de ter infância, já que tudo o mais conspira para o desaparecimento dessa fase. Nossas escolhas mostram se realizamos isso ou não.
Categoria: Folha Equilíbrio
Escrito por Rosely Sayão

EXCESSO OU FALTA DE ATENÇÃO...



Muitas mães têm se tornado inconvenientes quando procuram proteger seus filhos: chamam a atenção das mães dos colegas deles, dão broncas nos professores, são rudes com parentes que interagem com seus rebentos etc.


É claro que as crianças precisam da proteção dos adultos, porque sem ela não têm condições de viver bem. A mãe é a primeira a exercer essa função: alimenta o filho, cuida de seu bem-estar, evita que se coloque em situação de risco. Quando ele ainda é um bebê, a função de proteção não provoca dúvidas. O problema aparece quando a criança começa a crescer.


Sabemos que o mundo adulto tem muitas facetas que, para a criança, são hostis e provocam medo, insegurança e angústia. É que ela ainda não tem recursos para fazer frente a muitas questões que nós, adultos, enfrentamos, mesmo com dificuldade. Recentemente, por exemplo, um acidente aéreo fez com que muitas famílias decidissem cancelar as férias porque os filhos ficaram com medo de avião. Muitos adultos também ficaram receosos, mas viajam assim mesmo se precisam.


A criança precisa, portanto, ser protegida do mundo adulto. Precisa que seus pais a protejam do excesso de atividades, de estímulos que apelam para o erotismo e o consumismo, de informações detalhadas sobre crimes, guerras, corrupção e até de si mesma. Por ainda não ter desenvolvido seu mecanismo de autocontrole, precisa contar com o bom senso dos pais para ser contida em alguns de seus impulsos.


As crianças sabem muito bem o que querem, mas ainda não sabem se podem ou devem ter ou fazer o que querem. Cabe aos pais essa decisão. Conter a criança é protegê-la.


Nem sempre damos esse tipo de proteção às nossas crianças, não é verdade? Em compensação, muitas mães levam às últimas consequências a tentativa de proteger seus filhos das coisas inevitáveis da vida.


É coisa de criança, por exemplo, estranhar-se com seus pares, reclamar de suas obrigações escolares, considerar injustas as pequenas sanções que sofre dos professores etc. E a primeira atitude que ela toma é justamente pedir proteção.


Mas nem sempre a mãe deve interferir. Se os pais confiam na escola que o filho frequenta, devem apenas encorajá-lo a procurar a ajuda dos professores e falar diretamente com eles a respeito dos problemas que lá enfrenta. Sempre que os pais interferem diretamente, colaboram para que o filho se recuse a crescer e mantenha a ideia de que não tem condições de encarar as dificuldades.


Mesmo quando a mãe considera que o problema que o filho diz enfrentar na escola merece uma intervenção, ela deve ser feita diretamente com os responsáveis da escola, e não com outras mães, porque isso pode criar problemas e situações constrangedoras.


Andamos atrapalhados com o conceito de proteção à infância: nem sempre oferecemos o necessário e muitas vezes cuidamos do que não é preciso. Desse modo, a ideia de crescer fica confusa para a criança.




Escrito por Rosely Sayão às