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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Conheça seu aluno e motive-o a aprender...


Um momento de reflexão para que possamos repensar nossa pratica e rever nossos conceitos.


Mais um ano letivo inicia-se e com ele várias indagações. Como será minha turma? Agitada? Será que vou conseguir “controlá-los”? E muitas outras questões ocultas que nem nos atrevemos a pronunciá-las.

Alguns dizem que a turma é a imagem do professor. Durante algum tempo questionei este pressuposto, mas após alguns anos na sala de aula, percebi que somos nós quem ditamos o ritmo. Mesmo quando acreditamos o quanto “as crianças estão difíceis ou indisciplinadas”, nós também temos resposabilidade sobre estas ações de nossa sala de aula. Podemos buscar maneiras de motivar nossas crianças a sentirem-se co-responsáveis.

Ás vezes nos iludimos achando que as crianças só estão ali porque são obrigadas, mas a verdade é que elas adoram estar na escola e depende de nós o aquecermos esta paixão.

Então conquiste seus alunos, motive-os a estarem na sala de aula junto com você.

Crie, no primeiro dia de aula algo que simbolize a relação que você quer manter com seus alunos até o último dia deste ano letivo. Como fazer isso?

Algumas idéias que poderão ser modificadas, a fim de serem melhoradas, assim que entrarem em contato com seus alunos.

Encontre uma música que cante a alegria e que você acredite seja significativa para crianças da idade com as quais você vai trabalhar. Distribua revistas para as crianças. Peça para que procurem imagens que provoquem boas sensações. Monte junto com as crianças um painel com as imagens que todos escolheram. Coloquem o painel num lugar privilegiado, acessível a todos. Sempre que precisar despertar boas sensações, mostrem o painel e conversem sobre as imagens.

• Converse com as crianças sobre os super-heróis (para adolescentes escolham personalidades ou personagens da literatura) que elas mais admiram, descubra exatamente o que eles admiram. Discuta sobre esses comportamentos e ou valores. Faça uma lista. Peça para que as crianças produzam uma história na qual a turma seja protagonista e que demonstrem tais comportamentos e valores. Sempre que precisar despertar todas as sensações que envolveram tal atividade, leia a história.

• SEMPRE leia para as crianças. TODOS OS DIAS.

• Crie analogias, tais como: aprender isso será tão fácil quanto tomar um copo de água (analise a pertinência da analogia). Peça para que as crianças façam o mesmo: aprender isto foi tão gostoso quanto? Provoquem este tipo de reflexão a todo o momento. Instigue seus alunos a trazer coisas de sua realidade. Motive-os a perceber o quanto a escola está próxima de suas histórias, suas necessidades e suas vontades.

• Brinque. Prepare atividades em que as crianças possam utilizar todo seu potencial criativo. Utilize para isto todos os recursos disponíveis: o corpo em diversos tipos de brincadeiras; brinquedos e jogos.

Lembre-se que toda aprendizagem bem sucedida está associada a uma boa experiência. Proporcione experiências positivas, saudáveis. Seja claro e objetivo com seu aluno, esbanje palavras de gentileza. Trate seu aluno com curiosidade e ele lhe dará inúmeras pistas de como deseja ser tratado.

*Rosemeire Benedita da Silva é pedagoga, atriz, pós-graduada em Relações Internacionais, Master em neurolinguística, diretora escolar na rede municipal de São Bernardo do Campo e formadora na área de Tecnologias aplicada à educação.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A importância de participar na vida escolar do seu filho...



Um novo estudo mostra que acompanhar o crescimento educacional da criança aumenta suas habilidades sociais e diminui a chance de ter problemas de comportamento

Levar e buscar na escola, preparar a lancheira e checar a lição de casa. Se essa é a sua participação na vida escolar do seu filho, é hora de mudar! Uma nova pesquisa americana mostrou que quanto maior o envolvimento dos pais nas experiências escolares das crianças, mais facilidade de fazer amigos elas terão!


Os cientistas acompanharam 1.300 crianças desde o nascimento até o sexto ano do ensino fundamental. Com a observação, eles perceberam que, quanto mais os pais conversavam sobre a escola, visitavam o local, se envolviam com as lições e os trabalhos e incentivavam o progresso educacional da criança em casa, melhores eram as habilidades sociais dos seus filhos. Entre outras coisas, os alunos demonstraram mais autocontrole e comportamento cooperativo. E mais: eram menos agressivos e indisciplinados e tinham menos chance de desenvolver depressão ou ansiedade em excesso.

Segundo a psicopedagoga Silvia Amaral de Mello Pinto, da clínica Elipse (SP), a pesquisa reforça a importância de uma parceria entre a família e a escola. “Os pais têm que ter interesse em acompanhar o crescimento da crianç,a e a escola deve dar abertura e facilitar que esse contato aconteça, pois é aí que o aprendizado se completa”, diz.

Os pais precisam entender, no entanto, que acompanhar a vida escolar não significa apenas cobrar. É muito mais do que isso. É estimular, ensinar, conversar, prestigiar, acompanhar e discutir. A cobrança é a última ferramenta nessa parceria. E todo mundo só tem a ganhar.

Quando a criança se sente ouvida, apoiada, prestigiada, tem mais estímulo para aprender e aproveitar todas as oportunidades que a escola promove. “É no colégio que ela faz amigos, conquista seu espaço no mundo, forma a personalidade e aprende as lições dos livros e da vida”, afirma Silvia.

O que acontece dentro da escola ...

Ao buscar uma escola para seu filho, você se deparou com uma boa quantidade de atividades no currículo: roda de conversa, contação de histórias, aula de artes e teatro, entre tantas outras. Será que é tudo realmente necessário? “A pré-escola é uma fase em que a criança está muito aberta para o mundo. É um período de descobertas”, afirma Silvia Perrone, coordenadora do Departamento de Pedagogia da Universidade Metodista (SP). Para ajudar você a tirar suas dúvidas sobre o currículo na educação infantil, a  listamos uma série de atividades e explicamos a importância de cada uma.


Contação de histórias e Leitura para bebês

Pode ser uma prática diária, não importa se é uma história inventada na hora, ou se a professora está lendo um livro. ”O livro é como uma porta aberta para outros tempos, outras culturas. Deve ser um momento mágico”, explica Silvia. E para os bebês, mesmo que não compreendam a história, vale o estímulo pela modulação da voz, as imagens e ilustrações. Deve ser um momento de prazer, e não de obrigação. O professor também deve deixar a criança levar os livros para casa.

Por que: O estímulo à leitura se torna algo gostoso, e não relacionado apenas a avaliações. Desenvolve a linguagem, pensamento abstrato, imaginação, gestão da angústia. As histórias infantis ainda permitem que as crianças se identifiquem com os personagens, o que ajuda a compor e definir sua personalidade.

Roda de conversas

Não deve ser o momento de dar lição de moral. Promover brincadeiras que estimulem a oralidade ou levar uma imagem para que todos falem sobre ela também é uma boa opção para as rodas. O ideal é compor uma roda de conversa a partir do momento em que as crianças sejam capazes de se manterem sentadas por algum tempo, e que sejam mantenham o foco da atenção em outras pessoas (o que é muito difícil antes de 3 ou 4 anos de idade)

Por que: Importante para as crianças aprenderem a sustentar argumentos, expressar emoções, desenvolver a fala, o hábito de ouvir outras pessoas e conversar.

Artes plásticas

O importante é estimular a produção, seja por meio do desenho, pintura, escultura, colagem ou instalação. Não deixar que a criança apenas reproduza ou copie determinada obra. Diversificar os materiais, de pincéis de diferentes tamanhos a tintas mais aguadas ou mais espessas. Apresentar obras de arte originais também pode fazer parte da atividade. E, assim como no caso da música, não se deve ficar só no que é “feito para criança”.

Por que: Assim como a música e o teatro, é uma outra forma de linguagem. Daí sua importância para o desenvolvimento da capacidade comunicativa da criança, que, enquanto interage com a produção artística visual de qualquer artista, aprende regras de composição, seus códigos e seus símbolos.

Teatro

É um outro canal de expressão, assim como a música e as artes plásticas. Uma peça pode ser construída a partir de uma história contada em sala de aula, por exemplo. No caso das que são muito tímidas e não gostam de se expor, a escola não deve “forçar” a participação. Que tal achar uma função nos bastidores? Organizar pequenas excursões ao teatro com os alunos também é importante, assim como estimular os pais a levarem os filhos.

Por que: Colocar-se no lugar do outro, imaginar, criar, expressar-se gestual e oralmente, desinibir-se, são alguns dos aspectos que o teatro incentiva. Assim como na literatura, na música e nas artes plásticas, oferece sentido às situações vividas e auxilia no amadurecimento, já que permite se identificar de maneira inconsciente com os personagens. Por isso mesmo, a participação não deve ser imposta ou manipulada pelos adultos, pois o teatro é, antes de tudo, uma experiência para a própria criança, e não para os outros verem.

Música

Desde antes de nascer a criança já interage com os sons. A atividade deve se basear no tripé “ouvir, refletir e produzir”. Vale apresentar diferentes tipos de música, da clássica às canções folclóricas, e não apenas aquelas ”feitas para criança”. Estimular a criança a identificar os sons de diversos instrumentos e também aqueles produzidos pelo próprio corpo. Manusear instrumentos reais e produzir aqueles de sucata.

Por que: A música também é uma forma de linguagem de comunicação e, assim colabora para desenvolver a capacidade comunicativa da criança.

Contato com a natureza

Cuidar de uma horta ou apenas plantar um vasinho, ter contato com animais, visitar fazendinhas...As crianças que vivem em grandes centros urbanos têm poucas oportunidades de contato com a natureza. Portanto, é importante estimular essas experiências. No entanto, a escola deve estar atenta para que a atividade seja o mais natural e espontânea possível, e integrada à rotina escola. Caso contrário, pode ser uma experiência estranha ou até um pouco bizarra.

Por que: Cuidar de uma planta desenvolve, ainda, o estímulo à paciência, já que as crianças precisam esperar o ciclo natural para que ela cresça. É um jeito de trabalhar a ciência na prática.

Datas comemorativas

Esta é uma questão que divide opiniões. O que não pode é deixar que as datas sejam uma “tirania no currículo, impedindo a produção de atividades de maior significado ou que contribuam para seu desenvolvimento e aprendizagem”, como afirma Tânia Fortuna, pedagoga e professora da UFRGS. Já para Silvia Perrone, em vez de tantos ‘dias dos pais, das mães, das avós etc.”, é melhor ter um “dia da família”. “Toda criança tem uma família, não importa se tem só mãe, só avós ou só pais, por exemplo”. Se a razão para comemorar alguma data é mostrar o que as crianças estão produzindo em sala de aula (o que é importante para levar a família à escola), o ideal seria organizar festivais, pequenas exposições ou saraus de poesia, por exemplo. De qualquer maneira, se as datas comemorativas são importantes para a sua família, procure se informar antes se fazem parte do calendário.

Por que: É importante inserir as crianças no tempo, e as datas contribuem para isso, pois ajudam a construir a noção de antes e depois, do mesmo e do diverso, além de oferecer noções rudimentares de história e geografia. É importante, contudo, examinar quais e quantas datas serão comemoradas na rotina escolar, pois de nada adianta organizar as atividades das crianças em torno de fatos que têm pouca importância direta ou que elas não compreendam.

Fonte: Tânia Ramos Fortuna, pedagoga e professora de Psicologia da Educação da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), e Silvia Perrone, coordenadora do Departamento de Pedagogia da Universidade Metodista (SP)


A rotina na educação infantil


Assim como estão abertas para novos conhecimentos, a criança nesta fase também está aprendendo a se tornar mais autônoma. Por isso, a escola também pode estimular a criança a se cuidar e a fazer sozinha pequenas coisas. Escovar os dentes, colocar o tênis e a camiseta (mesmo que tudo pelo avesso), guardar os materiais no local correto, se alimentar sozinha (não importa a bagunça...), e até perceber sozinha que o nariz está escorrendo...Tudo isso faz parte da rotina na educação infantil. Muitas vezes, os pais se surpreendem ao perceber do que o filho já é capaz.

Fonte: Silvia Perrone, coordenadora do Departamento de Pedagogia da Universidade Metodista (SP)





A mochila e suas complicações....

Os modelos mudam, as opções se multiplicam nas lojas, mas o peso e o tipo da mochila são muito importantes. A maioria das queixas de dor nas costas de crianças em idade escolar tem uma grande vilã: a mochila. Ou melhor, o que vai dentro dela. Além do desconforto e das dores imediatas, carregar peso em excesso traz riscos mais sérios, como má postura e problemas de coluna no futuro


Por isso, confira o que o seu filho está levando na mochila. O total do peso da mochila não pode ultrapassar de 15% a 20% do peso da criança. E os adereços que seu filho também contam nesse cálculo, já que aumentam o peso inicial da mochila.
Outro problema frequente são os ombros arranhados com vermelhões e até mesmo alergias. A solução para isso é escolher um modelo com alças acolchoadas e tecido confortável. As alças, aliás, são duas para serem usadas uma em cada ombro e dividir o peso na coluna. Explique ao seu filho que carregar tudo de um lado só poderá deixá-lo com dor nas costas.

Para escolher a melhor opção, observe na hora da compra como a mochila fica quando ele a coloca nas costas. Se ficar muito abaixo da região dos quadris ou se seu filho precisa levar muitas coisas, os modelos com rodinhas são melhores. Já o cabo da mala com rodas precisa ficar na altura correta para que a criança não precise nem se esticar, nem agachar para puxar a mochila.


Para minimizar o problema:


1) Peso além da conta pode, sim, causar dores nas costas das crianças e distúrbios na coluna, como escoliose e lordose. Algumas escolas disponibilizam armários.
2) O melhor modelo é a mochila de alças largas, pois a carga fica dividida.
3) Não deixe seu filho usar mochilas que já ficaram “frouxas” pelo uso. O impacto é maior nestes casos. Também evite aquelas com uma única alça.
4) Mochilas com divisórias são melhores por que permitem organizar e distribuir os materiais. Livros e cadernos devem ser colocados na parte de trás, rente às costas. Se possível, evite ter um caderno para cada matéria, ou organize o material de acordo com as aulas. Outro alerta: lugar de lancheira é fora da mochila. O ideal é que o peso que a criança carregue fique equilibrado entre o que ela leva nas costas e nas mãos.
5) Se for comprar as com rodinhas, fique atento à altura da alça que a criança vai puxar, para que ela não ande curvada.


Fonte: Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo; Sérgio Xavier, ortopedista do Hospital do Coração (SP) e especialista em coluna; Maria Cândida de Miranda, chefe de Terapia Ocupacional do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas (SP)

Festa de aniversário: Bolo no palito!

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Direitos do povo: Reajuste para professores igual ao dos senadores, 61, 78%, e ainda assim...

Os senadores Cristovam Buarque e Pedro Simon,em 20/12/2010, apresentaram projeto de lei estendendo o mesmo reajuste salarial concedido aos senadores para o Piso Salarial Profissional Nacional dos professores da educação básica das escolas públicas brasileiras.

Com o reajuste de 61,78% para os senadores, o piso salarial dos professores passaria de R$1.024,00 para R$1.656,62. Salário mensal dos parlamentares: R$ 26.723,13.

Para o senador Cristovam Buarque, essa desigualdade salarial é absurda, com conseqüências desastrosas para o futuro do Brasil. A aprovação do reajuste de 61,78% para os professores da educação básica permitirá ao Senado uma demonstração mínima de compromisso com a melhoria da qualidade da educação das crianças brasileiras, o que contribuirá, segundo o parlamentar, para melhorar a credibilidade da Casa frente à opinião pública.

A petição é pela aprovação dessa lei JÁ! Acabei de assinar: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2010N4645

Ainda acho pouco. Não há nada mais importante e urgente do que a educação básica neste país. A escola precisa atrair professores jovens, capacitados e dispostos a encarar a tarefa de revolucionar a educação pública.

E há outro projeto do senador Cristovam Buarque na espera: filhos de políticos só poderiam estudar em escolas públicas.

Postado por Sonia Hirsch...Blog DEIXA SAIR