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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Os 10 alimentos mais perigosos para as crianças


A Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou, a convite de CRESCER, uma lista exclusiva com os alimentos que podem oferecer risco para o seu filho. Veja porquê

Drielle Sá

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CRESCER pediu para a Sociedade Brasileira de Pediatria preparar uma lista com os alimentos que podem representar algum tipo de risco para o seu filho, seja pelo perigo de engasgar ou de comer algo contaminado. A ideia não é radicalizar nem banir os itens dessa lista de vez das refeições. É para você olhá-los com um cuidado ainda maior. Confira :


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1- Amendoim 
O maior perigo não é comer, mas seu filho aspirar um amendoim. Mas existem outros riscos: se uma criança coloca muitos na boca de uma vez só, ou se come rápido demais, há mais chances dela engasgar com um amendoim que não foi mastigado direito. Do ponto de vista nutricional, esse é um grão com muita gordura saturada, que é mais difícil de eliminar do corpo e a responsável por problemas como, por exemplo, hipertensão – mas isso apenas em casos extremos. Ele também é o que mais causa alergia alimentar nos Estados Unidos. Quando você oferecer ao seu filho, sirva poucos - e de pouquinho.


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2- Azeitonas e caroços 

Se você tem crianças em casa, prefira comprar azeitonas sem caroço. A possibilidade de elas morderem com força demais a azeitona e quebrarem ou lascarem um dente danificado existe sim. Isso sem falar no risco de engasgar. No caso de frutas com caroço, como a ameixa, é preferível servi-las já cortadas. Para as crianças que já comem bem sozinhas, uma boa recomendação para tomar cuidado deve ser o suficiente.


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3- Balas

Balas são uma verdadeira paixão entre as crianças. São coloridas, docinhas, e têm um monte de sabores deliciosos. Mas é bom ficar de olho nos pequenos para ter certeza de que não estão indo com muita vontade ao pote. Por serem feitas de açúcar, elas podem provocar cáries - principalmente as balas mastigáveis, que costumam grudar nos dentes. Além disso, morder uma bala dura pode até mesmo comprometer a integridade dos dentes - e garantir uma visita especial ao dentista.


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4- Bolachas e salgadinhos

Alimentos industrializados ricos em gordura, açúcar e sal trazem sérios riscos para as crianças, que podem sofrer com obesidade, hipertensão, colesterol ou triglicédides. Mais uma vez, a solução é não cometer exageros. Deixe a bolacha e o salgadinho para o fim de semana.



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5- Fígado e outras vísceras 
O fígado é o órgão responsável por eliminar toxinas do corpo, daí a possibilidade de que ele tenha uma alta concentração de substâncias estranhas ao organismo da criança. A boa notícia é que a maior parte delas é termosensível, o que significa que, se o fígado for bem cozido, as chances de infecção alimentar são mínimas. Vale lembrar que essa é uma das carnes mais ricas em ferro, nutriente essencial para evitar a anemia (falta de células vermelhas no sangue).


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6- Mel 
Não é só uma recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria, mas também da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o mel não deve ser dado a crianças antes de um ano de idade. Segundo a SBP, é ainda melhor esticar esse prazo até os dois anos porque o mel pode estar contaminado com uma bactéria que causa o botulismo , doença que ataca o sistema nervoso e compromete o funcionamento dos músculos. Veja aqui mais informações.


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7- Ovo mal cozido 
Quando for servir ovos em casa, garanta que eles estejam bem cozidos ou, se fritos, com a gema durinha. Cozinhar ou fritar bem os ovos afasta o perigo da contaminação por salmonela, doença que poder causar dores de barriga, diarreia e febre. No caso das crianças, que têm o sistema imunológico em formação, é até possível que haja algumas complicações e a necessidade de ir para o hospital.


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8- Peixes com espinhos

Nesse caso, engasgar com os espinhos é a grande preocupação. Se seu filho já se alimenta bem sozinho, oriente-o a comer o peixe aos poucos, em pedaços pequenos, mastigando muito bem e sem pressa. Se ele for pequeno, é a sua atenção que deve ser redobrada. Tire todos os espinhos que você encontrar antes de servir. Também é importante conhecer bem a qualidade do local onde você compra peixe. Não custa lembrar que ele precisa aparecer na mesa da sua casa por, no mínimo, três vezes por semana. Afinal, os benefícios dele ao nosso organismo são muitos. Peixes são recomendados para evitar o colesterol, ajudam no desenvolvimento cerebral das crianças e ainda são fontes fartas de proteína, minerais e vitaminas. 
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9- Pipoca

Doce, salgada, branquinha ou colorida, é difícil não gostar de uma pipoca quentinha – ainda mais se acompanhada de um filme muito legal. O grande problema está, na verdade, no risco de engasgar com uma delas. E nsine seu filho a comer devagar, em pequenas porções, e a mastigar bem cada bocado , lembrando que pipocas, no mundo ideal, elas só devem ser consumidas a partir de 4 anos.


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10- Refrigerantes

Além dos problemas mais conhecidos, como a obesidade e as cáries dentárias, os refrigerantes também trazem o risco de a criança desenvolver osteoporose quando mais velha. Os fosfatos presentes nas suas fórmulas aumentam a presença de fósforo no organismo, o que impede a absorção de cálcio, substância mais do que importante para a constituição dos ossos. 



Fonte Revista Crescer da Edit. Globo

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Dificuldades de aprendizagens...04



                             O  que é Discalculia?



discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números. É um problema de aprendizado independente, mas pode estar também associado à dislexia. Tal distúrbio faz com que a pessoa se confunda em operações matemáticas, conceitos matemáticos, fórmulas, seqüência numéricas, ao realizar contagens, sinais numéricos e até na utilização da matemática no dia-a-dia.

Pode ocorrer como resultado de distúrbios na memória auditiva, quando a pessoa não consegue entender o que é falado e conseqüentemente não entende o que é proposto a ser feito, distúrbio de leitura quando o problema está ligado à dislexia e distúrbio de escrita quando a pessoa tem dificuldade em escrever o que é pedido (disgrafia).

É muito importante buscar auxílio para descobrir a discalculia ou não no período escolar quando alguns sinais são apresentados, pois alguns alunos que são discalcúlicos são chamados de desatentos e preguiçosos quando possuem problemas quanto à assimilação e compreensão do que é pedido.

Também é de grande importância ressaltar que o distúrbio neurológico que provoca a discalculia não causa deficiências mentais como algumas pessoas questionam. O discalcúlico pode ser auxiliado no seu dia-a-dia por uma calculadora, uma tabuada, um caderno quadriculado, com questões diretas e se ainda tiver muita dificuldade, o professor ou colega de trabalho pode fazer seus questionamentos oralmente para que o problema seja resolvido. O discalcúlico necessita da compreensão de todas as pessoas que convivem próximas a ele, pois encontra grandes dificuldades nas coisas que parecem óbvias. 
A discalculia é um impedimento da matemática que apresenta também outras limitações, tais como a introspecção espacial, o tempo, a memória pobre, e os problemas do ortografia. Há indicações de que é um impedimento congenito ou hereditário, com um contexto neurologico. Ela (a discalculia) pode atingir crianças e adultos.


A discalculia apresenta alguns sintomas potencias:
 Dificuldades freqüentes com os números, confundindo os sinais ( +, -, ÷ , x).
• Problemas de diferenciar entre esquerdo e direito.
• Falta de senso de direção (para o norte, sul, leste, e oeste) e pode também ter dificuldade com um compasso.
• A inabilidade de dizer qual de dois numeros é o maior.
• Dificuldade com tabelas de tempo, aritmética mental, etc.
• Melhor nos assuntos tais como a ciência e a geometria, que requerem a lógica mais que as fórmulas, até que um nível mais elevado que requer cálculos seja necessário.
• Dificuldade com tempo conceitual e julgar a passagem do tempo.
• Dificuldade com tarefas diárias como verificar a mudança e ler relógios analógicos.
• A inabilidade de compreender o planejamento financeiro ou incluir no orçamento, nivela às vezes em um nível básico, por exemplo, estimar o custo dos artigos em uma cesta de compras.
• Tem dificuldade mental de estimar a medida de um objeto ou de uma distância.
• Inabilidade em apreender e recordar conceitos matemáticos, régras, fórmulas, e seqüências matemáticas.
• Dificuldade de manter a contagem durante jogos.
• Dificuldade nas atividades que requerem processar seqüencias (etapas de dança), sumário (leitura, escrita, sinalizar na ordem direita). Pode ter problema mesmo com uma calculadora, devido às dificuldades no processo da alimentação nas variáveis.
• A circunstância pode conduzir em casos extremos a uma fobia da matemática e de dispositivos matemáticos (por exemplo números).
Os cientistas procuram ainda compreender as causas da discalculia, e para isso têm investigado em diversos domínios.


Equipe Brasil Escola

Dificuldades de aprendizagens 03.



Disortografia

A disortografia pode ser definida como o conjunto de erros da escrita que afectam a palavra mas não o seu traçado ou grafia. A disortografia é a incapacidade de estruturar gramaticalmente a linguagem, podendo manifestar-se no desconhecimento ou negligência das regras gramaticais, confusão nos artículos e pequenas palavras, e em formas mais banais na troca de plurais, falta de acentos ou erros de ortografia em palavras correntes ou na correspondência incorrecta entre o som e o símbolo escrito, (omissões, adições, substituições, etc.).

Sinais indicadores:

  • Substituição de letras semelhantes.
  • Omissões e adições, inversões e rotações.
  • Uniões e separações.
  • Omissão - adição de “h“.
  • Escrita de “n“ em vez de “m“ antes de “p“ ou “b“.
  • Substituição de “r“ por “rr“.

Problemas associados:

Perceptivos:

  • Deficiência na percepção e na memória visual auditiva
  • Deficiência a nível espácio-temporal (correcta orientação das letras), discriminação de grafemas com traços semelhantes e adequado acompanhamento da sequencia e ritmo da cadeia falada.

Linguístico:

  • Problemas de linguagem – dificuldades na articulação
  • Deficiente conhecimento e utilização do vocabulário

Afectivo-emocional:

  • Baixo nível de motivação

Pedagógicas:

  • Método de ensino não adequado, (utiliza frequentemente o ditado, não se ajusta à necessidades diferenciais e individuais dos alunos, não respeitando o ritmo de aprendizagem do sujeito).

O que pode fazer:

  • Encorajar as tentativas de escrita da criança, mostrar interesse pelos trabalhos escritos e elogiá-la. 
  • Incitar a criança a elaborar os seus próprios postais e convites, a escrever o seu diário no final do dia como rotina.
  • Chamar a atenção da criança para as situações diárias em que é necessária a utilização da escrita.
  • Incite a criança a ajudá-la na elaboração de uma carta.
  • Não valorize demasiado os erros ortográficos da criança uma vez que estes já são motivo de repreensão e frustração demasiadas vezes.
  • Não corrija simplesmente os seus erros mas tente antes procurar a solução com a criança (ex.: "qual a outra letra que podemos usar para fazer esse som?").
  • Recorra a livros de actividades que existem no mercado que permitem à criança trabalhar os vários casos de ortografia.
  • Não sobrecarregue, contudo, a criança com trabalhos e fichas que a cansem demasiado e a levem a ver as actividades académicas como desagradáveis. Também é preciso brincar.
       Fonte: APPDEA

Dificuldades de aprendizagens 02



Disgrafia

Alteração da escrita que a afecta na forma ou no significado, sendo do tipo funcional. Perturbação na componente motora do acto de escrever, provocando compressão e cansaço muscular, que por sua vez são responsáveis por uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal elaboradas e mal proporcionadas.
De forma geral, a criança com disgrafia apresenta uma série de sinais ou manifestações secundárias motoras que acompanham a dificuldade no desenho das letras, e que por sua vez a determinam. Entre estes sinais encontram-se uma postura incorrecta, forma incorrecta de segurar o lápis ou a caneta, demasiada pressão ou pressão insuficiente no papel, ritmo da escrita muito lento ou excessivamente rápido.

Sinais indicadores:

  • Postura gráfica incorrecta.
  • Forma incorrecta de segurar o instrumento com que se escreve.
  • Deficiência da preensão e pressão.
  • Ritmo de escrita muito lento ou excessivamente rápido.
  • Letra excessivamente grande.
  • Inclinação.
  • Letras desligadas ou sobrepostas e ilegíveis.
  • Traços exageradamente grossos ou demasiadamente suaves.
  • Ligação entre as letras distorcida.

Problemas associados:

  • Biológicos.
  • Perturbação da lateralidade, do esquema corporal e das funções perceptivo-motoras.
  • Perturbação de eficiência psicomotora (motricidade débil; perturbações ligeiras do equilíbrio e da organização cinético-tónica; instabilidade).
  • Pedagógicas
    • Orientação deficiente e inflexível,
    • Orientação inadequada da mudança de letra de imprensa para letra manuscrita,
    • Ênfase excessiva na qualidade ou na rapidez da escrita,
    • Prática da escrita como actividade isolada das exigências gráficas e das restantes actividades discentes.
  • Pessoais
    • Imaturidade física,
    • Motora,
    • Inaptidão para a aprendizagem das destrezas motoras,
    • Pouca habilidade para pegar no lápis,
    • Adopção de posturas incorrectas,
    • Défices em aspectos do esquema corporal e da lateralidade.

O que pode fazer:

  • Encorajar a expressão através de diferentes materiais (plasticina, pinturas e lápis). Todas as tarefas que impliquem o uso das mãos e dos dedos são positivas.
  • Incitar a criança a recortar desenhos e figuras, a fazer colagens e picotar.
  • Promover situações em que a criança utilize a escrita (ex.: escrever pequenos recados, fazer convites e postais).
  • Fazer actividades como contornar figuras, pintar dentro de limites, ligar pontos, seguir um tracejado, etc.
  • Deixar a criança expressar-se livremente no papel, sem corrigir nem julgar os resultados.

  • Fonte: APPDAE
  • Associação Portuguesa de Pessoas com Dificuldades de Aprendizagens Específicas.

domingo, 25 de novembro de 2012

Dificuldades de aprendizagem 01

Dicas de como trabalhar com alunos disléxicos

A escola tem papel fundamental no trabalho com os alunos que apresentam dificuldades de linguagem.

    Destacamos algumas sugestões que consideramos importantes para que ele se sinta seguro, querido e aceito pelo professor e pelos colegas.

  • O Disléxico tem uma história de fracassos e cobranças que o fazem sentir-se incapaz. Motivá-lo, exigirá de nós mais esforço e disponibilidade do que dispensamos aos demais;
  • Não receie que seu apoio ou atenção vá acomodar o aluno ou fazê-lo sentir-se menos responsável. Depois de tantos insucessos e auto-estima rebaixada, ele tende a demorar mais a reagir para acreditar nele mesmo;
MELHORANDO A AUTO-ESTIMA:
  • Incentive o aluno a restaurar o confiança em si próprio, valorizando o que ele gosta e faz bem feito;
  • Ressalte os acertos, ainda que pequenos, e não enfatize os erros;
  • Valorize o esforço e interesse do aluno;
  • Atribua-lhe tarefas que possam fazê-lo sentir-se útil;
  • Evite usar a expressão "tente esforçar-se" ou outras semelhantes, pois o que ele faz é o que ele é capaz de fazer no momento;
  • Fale francamente sobre suas dificuldades sem, porém, fazê-lo sentir-se incapaz, mas auxiliando-o a superá-las;
  • Respeite o seu ritmo, pois a criança com dificuldade de linguagem tem problemas de processamento da informação. Ela precisa de mais tempo para pensar, para dar sentido ao que ela viu e ouviu;
  • Um professor pode elevar a auto-estima de um aluno estando interessado nele como pessoa;
    Nós não aprendemos pelo fracasso, mas sim pelos sucessos.

MONITORANDO AS ATIVIDADES:
  • Certifique-se de que as tarefas de casa foram compreendidas e anotadas corretamente;
  • Certifique-se de que seu aluno pode ler e compreender o enunciado ou a questão. Caso contrário, leia as instruções para ele;
  • Leve em conta as dificuldades específicas do aluno e as dificuldades da nossa língua quando corrigir os deveres;
  • Estimule a expressão verbal do aluno;
  • Dê instruções e orientações curtas e simples que evitem confusões;
  • Dê "dicas" específicas de como o aluno pode aprender ou estudar a sua disciplina;
  • Oriente o aluno sobre como organizar-se no tempo e no espaço;
  • Não insista em exercícios de fixação repetitivos e numerosos, pois isso não diminui a sua dificuldade;
  • Dê explicações de "como fazer" sempre que possível, posicionando-se ao seu lado;
  • Utilize o computador, mas certifique-se de que o programa é adequado ao seu nível. Crianças com dificuldade de linguagem são mais sensíveis às críticas, e o computador, quando usado com programas que emitem sons estranhos cada vez que a criança erra, só reforçará as idéias negativas que elas tem de si mesmas e aumentará sua ansiedade;
  • Permita o uso de gravador;
  • Esquematize o conteúdo das aulas quando o assunto for muito difícil para o aluno. Assim, a professora terá a garantia de que ele está adquirindo os principais conceitos da matéria através de esquemas claros e didáticos;
  • "Uma imagem vale mais que mil palavras": demonstrações e filmes podem ser utilizados para enfatizar as aulas, variar as estratégias e motivá-los. Auxiliam na integração da modalidade auditiva e visual , e a discussão em sala que se segue auxilia o aluno organizar a informação. Por exemplo: para explicar a mudança do estado físico da água líquida para gasosa, faça-o visualizar uma chaleira com a água fervendo;
  • Não insista para que o aluno leia em voz alta perante a turma, pois ele tem consciência de seus erros. A maioria dos textos de seu nível é difícil para ele;
    Alunos disléxicos podem ser bem sucedidos em uma classe regular. O sucesso dependerá do cuidado em relação à sua leitura e das estratégias usadas.


AVALIAÇÃO:
  • As crianças com dificuldade de linguagem têm problemas com testes e provas:

    Em geral, não conseguem ler todas as palavras das questões do teste e não estão certas sobre o que está sendo solicitado.

    - Elas têm dificuldade de escrever as respostas;
    - Sua escrita é lenta, e não conseguem terminar dentro do tempo estipulado
  • Recomendamos que, ao elaborar, aplicar e corrigir as avaliações do aluno disléxico, especialmente as realizadas em sala de aula, adote os seguintes procedimentos:

    - Leia as questões/problemas junto com o aluno, de maneira que ele entenda o que está sendo perguntado;
    - Explicite sua disponibilidade para esclarecer-lhe eventuais dúvidas sobre o que está sendo perguntado;
    - Dê-lhe tempo necessário para fazer a prova com calma;
    - Ao recolhê-la, verifique as respostas e, caso seja necessário, confirme com o aluno o que ele quis dizer com o que escreveu, anotando sua(s) resposta(s)
    - Ao corrigi-la, valorize ao máximo a produção do aluno, pois frases aparentemente sem sentido e palavras incompletas ou gramaticalmente erradas não representam conceitos ou informações erradas;
    - Você pode e deve realizar avaliações orais também.
    Se o disléxico não pode aprender do jeito que ensinamos, temos que ensinar do jeito que ele aprende.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O poder das histórias

O poder das histórias (Clic para acessar)

Acima, você pode ver um programa da série Um mundo de letras, da TV Escola, "O poder das histórias". Dirigido por Ricardo Miranda, o vídeo discute, a partir de depoimentos de educadores e escritores, como despertar o prazer das histórias e de leitura nas crianças.

sábado, 11 de agosto de 2012

O que é Educação Bilíngüe? Mitos e verdades!


O que é Educação Bilíngüe?


Com o atual panorama socioeconômico e político mundial, estimulado pela globalização, cresce cada vez mais a necessidade de se dominar um segundo idioma. Atentas a essa demanda, muitas escolas começaram a oferecer em seus serviços a opção pela Educação Bilíngüe. Mas o que é uma escola bilíngüe? Como os pais podem ter certeza de que estão realmente oferecendo aos seus filhos mais esse diferencial na educação?
Uma escola bilíngüe é aquela que faz com que o aluno fique imerso no universo sonoro de um segundo idioma. Ele recebe estímulos na segunda língua, e da mesma maneira que imita os gestos dos adultos que o rodeiam, reproduzirá os sons que ouve. Mas a definição de Educação Bilíngüe não fica reduzida à questão fonética, ela aborda aspectos paralingüísticos valiosos, como, por exemplo, a abertura à diversidade cultural contida nas estruturas das línguas.
Existem diferenças entre escolas estrangeiras e escolas bilíngües. As primeiras adotam como primeiro idioma aquele do país de origem, enquanto o português passa a ser a segunda língua. Já nas escolas brasileiras bilíngües, acontece o inverso: o currículo é brasileiro, assim como o idioma materno, e o aluno aprende uma outra língua simultaneamente.
“Quando o aluno entra em uma escola bilíngüe, toda a comunicação é realizada no segundo idioma, fazendo com que ele o assimile de uma forma natural e espontânea, da mesma maneira como aprende a língua materna”, explica Eliane Gomes Nogueira, presidente da Organização das Escolas Bilíngües do Estado de São Paulo – OEBi.
Na Educação Infantil bilíngüe, todas as disciplinas são ministradas em inglês, na totalidade do tempo em que o aluno permanece na escola. Os professores têm como formação profissional os cursos de Letras ou Pedagogia e falam um segundo idioma fluentemente, seja por terem estudado, morado ou trabalhado em outro país, seja pelo fato de serem estrangeiros. 
A Educação Bilíngüe encontra-se em expansão no Brasil, e a maioria das escolas está em São Paulo. As mensalidades dessas instituições de ensino não são mais caras do que as das demais escolas com o mesmo padrão. Quanto mais nova a criança começa a aprender outro idioma, mais fácil é a sua assimilação. Em termos de adaptação, ela tem muito menos dificuldade, ou quase nenhuma. O aluno que se transfere para uma escola bilíngüe, passa por um processo de adaptação e reforço para poder acompanhar a classe na qual irá estudar.
“É muito difícil tornar alguém bilíngüe. Fazer uma pessoa falar um segundo idioma de forma automática, fluente, pensando nessa segunda língua não é uma tarefa fácil. Portanto, quanto mais cedo se inicia esse processo, melhor o resultado."
O Português é peça fundamental do aprendizado, e, em nenhum momento, uma escola bilíngüe pode desprezar a língua materna, que é um ativo importante do indivíduo, sendo o domínio dela essencial, e por isso não deve ser prejudicado pela Educação Bilíngüe, ou seja, deve ser desenvolvido com a mesma ênfase. Não se trata da substituição da língua materna, e sim do acréscimo do segundo idioma no aprendizado.
 “Na hora de escolher por uma escola bilíngüe, os pais precisam observar certas características: quanto tempo de exposição ao segundo idioma terá o filho, qual a formação dos professores contratados, qual o nível de fluência no segundo idioma desses profissionais, qual o material utilizado e, o mais importante, visite a escola em horário de funcionamento, vá até as salas de aula. Aí você terá certeza se a escola realmente atende à proposta da Educação Bilíngüe”, explica a presidente da OEBi. 
Uma escola não pode se intitular bilíngüe se não tiver por objetivo o ensino de um segundo idioma por intermédio de uma imersão. Apenas ministrar aulas de inglês de 30min a 50min por dia da semana, por exemplo, não é oferecer uma Educação Bilíngüe. O ideal é usar 50% das aulas, na língua materna e 45%das aulas, no segundo idioma, isso exige portanto segundo turno ou período integral.


Vagner Apinhanesi 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O que há por traz das mordidas.

  

A  boca não é apenas um órgão para nutrir, mas também um meio de se relacionar com o mundo. Já ao nascer, é pela boca que o bebê é levado à satisfação, tanto que gosta de sugar, mesmo que não tenha o alimento.
Desde o aparecimento dos primeiros dentes até os 2 anos, aproximadamente, as crianças costumam morder brinquedos, pessoas de seu convívio e objetos de seu dia-a-dia. Fazem isso em busca de novas sensações e movimentos, tomando assim, aos poucos, consciência de seu próprio corpo – de seu “eu corporal” e de seus limites
As mordidas nessa etapa de vida são extremamente esperadas e absolutamente normais. Claro que não é uma situação agradável ver uma criança mordida. Isso incomoda e aborrece adultos de todas as esferas: educadores, pais, estagiários, assistentes, babás, além da própria criança. Outra razão para que as crianças mordam é a falta de domínio verbal. Por não saberem se expressar, muitas vezes mordem por conta da necessidade de se comunicarem. Assim conseguem, através das mordidas, expressar seu descontentamento, suas frustrações, seus desejos e necessidades. Mordem, então, por serem incapazes de se comunicarem com clareza. Em contrapartida, sentimentos de carinho e afeto também podem suscitar mordidas, justamente por serem emoções que ainda não podem ser nomeadas pela criança. Afinal, quantas vezes nós, adultos, expressamos amor por alguma criança, usando expressões errôneas, como: “Que lindo, dá até vontade de morder!” ou “Posso morder essa barriguinha?”Não podemos esquecer que o adulto é, de fato, o primeiro modelo a ser seguido pela criança. 
É fundamental que o adulto saiba que esta fase das mordidas existe, mas com o tempo irá acabar,  já que sua fala lhe proporcionará mais recursos de comunicação.  Estas reações fazem parte do seu desenvolvimento e do conhecimento do mundo e não devem ser encaradas como problemas.
O que se deve fazer quando ocorre uma mordida é , antes de mais nada, ter muita calma , e o que se fará depende da situação do momento, chamar a atenção com firmeza e distrair a criança. É muito importante que a reprimenda seja feita de forma reservada, em voz baixa, mostrando o que ela não deve fazer, até para que não se sinta humilhada. Mostrar o ferimento do colega e explicar a criança que ninguém gosta de sentir dor. Oferecer maneiras para que a criança que mordeu possa ajudar a fazer o “curativo” na criança mordida.Também, dar atenção à parte mordida sem valorizar demais o fato.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Artezanato e reciclagem.


Idéia bem legal de artesanato e reciclagem para fazer com as crianças.Além de reciclar latinhas de alumínio, os animais de latinha ficam tão lindinhos, que dá para decorar a parede.
Se inspire nesses modelos de animais feitos com latinhas e faça o seu bichinho preferido.
Vaquinha feita com latinha e feltro




Urso feito com latinha de alumínio e feltro


Agora me diga se não é bem legal, reciclar brincando e fazendo coisas bonitas como essas?

Referência: Artesanato feito por Heidi Borchers do Fave crafts

Recicle essa idéia e tranforme lixo em arte.





PARA AS RODINHAS.....SÃO 4 TAMPAS PARA CONFECCIONAR UM CARRINHO....usa-se duas de cada lado, coladas com cola quente ou silicone. as rodinhas são colocadas com arame grosso. fure o reciclavel e as 2 tampinhas de dentro com um prego quente. passe o arame grosso no reciclavel e encaixe as rodinhas, para segurar as rodinhas vc pode dar um pingo de cola quente de cada lado ou cola de silicone usada em construção.

Amave Conjunto Veneza.
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quinta-feira, 19 de abril de 2012

O que (não) fazer no Dia do Índio







Na data em homenagem aos primeiros habitantes do Brasil, uma série de estereótipos e preconceitos costuma invadir a sala de aula. Saiba como evitá-los e confira algumas propostas de especialistas de quais conteúdos trabalhar

Ricardo Ampudia

Dia do Índio é comemorado em 19 de abril no Brasil para lembrar a data histórica de 1940, quando se deu o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. O evento quase fracassou nos dias de abertura, mas teve sucesso no dia 19, assim que as lideranças indígenas deixaram a desconfiança e o medo de lado e apareceram para discutir seus direitos, em um encontro marcante.

Por ocasião da data, é comum encontrar nas escolas comemorações com fantasias, crianças pintadas, música e atividades culturais. No entanto, especialistas questionam a maneira como algumas dessas práticas são conduzidas e afirmam que, além de reproduzir antigos preconceitos e estereótipos, não geram aprendizagem alguma. "O índigena trabalhado em sala de aula hoje é, muitas vezes, aquele indígena de 1500 e parece que ele só se mantém índio se permanecer daquele modo. É preciso mostrar que o índio é contemporâneo e tem os mesmos direitos que muitos de nós, 'brancos'", diz a coordenadora de Educação Indígena no Acre, Maria do Socorro de Oliveira.

Saiba o que fazer e o que não fazer no Dia do Índio:

1. Não use o Dia do Índio para mitificar a figura do indígena, com atividades que incluam vestir as crianças com cocares ou pintá-las.

Faça uma discussão sobre a cultura indígena usando fotos, vídeos, música e a vasta literatura de contos indígenas. "Ser índio não é estar nu ou pintado, não é algo que se veste. A cultura indígena faz parte da essência da pessoa. Não se deixa de ser índio por viver na sociedade contemporânea", explica a antropóloga Majoí Gongora, do Instituto Socioambiental.

2. Não reproduza preconceitos em sala de aula, mostrando o indígena como um ser à parte da sociedade ocidental, que anda nu pela mata e vive da caça de animais selvagens

Mostre aos alunos que os povos indígenas não vivem mais como em 1500. Hoje, muitos têm acesso à tecnologia, à universidade e a tudo o que a cidade proporciona. Nem por isso deixam de ser indígenas e de preservar a cultura e os costumes.

3. Não represente o índio com uma gravura de livro, ou um tupinambá do século 14

Sempre recorra a exemplos reais e explique qual é a etnia, a língua falada, o local e os costumes. Explique que o Brasil tem cerca de 230 povos indígenas, que falam cerca de 180 línguas. Cada etnia tem sua identidade, rituais, modo de vestir e de se organizar. Não se prenda a uma etnia. Fale, por exemplo, dos Ashinkas, que têm ligação com o império Inca; dos povos não-contatados e dos Pankararu, que vivem na Zona Sul de São Paulo.

4. Não faça do 19 de abril o único dia do índio na escola

A Lei 11.645/08 inclui a cultura indígena no currículo escolar brasileiro. Por que não incluir no planejamento de História, de Língua Portuguesa e de Geografia discussões e atividades sobre a cultura indígena, ao longo do ano todo? Procure material de referência e elabore aulas que proponham uma discussão sobre cultura indígena ou sobre elementos que a emprestou à nossa vida, seja na língua, na alimentação, na arte ou na medicina.

5. Não tente reproduzir as casas e aldeias de maneira simplificada, com maquetes de ocas

"Oca" é uma palavra tupi, que não se aplica a outros povos. O formato de cada habitação varia de acordo com a etnia e diz respeito ao seu modo de organização social. Prefira mostrar fotos ou vídeos.

6. Não utilize a figura do índio só para discussões sobre como o homem branco influencia suas vidas
Debata sobre o que podemos aprender com esses povos. Em relação à sustentabilidade, por exemplo, como poderíamos aprender a nos sentir parte da terra e a cuidar melhor dela, tal como fazem e valorizam as sociedades indígenas?

Quer saber mais?
Consultoria:

Maria do Socorro de Oliveira, coordenadora de Educação Escolar Indígena d a Sec. De Educação do estado do Acre

Majoí Gongora, Antropóloga do programa de Povos Indígenas do Brasil do Instituto Socioambiental
O site do Instituto Socioambiental mantém o projeto Povos Indígenas no Brasil que traz uma descrição de várias etnias com uma versão para crianças, com jogos e animações e também uma Sala do Professor
A temática indígena na escola, de Aracy Lopes da Silva, no Domínio Público.


domingo, 15 de abril de 2012

Como preparar uma lancheira saudável para o seu filho?

Use a criatividade e abuse dos ingredientes naturais para a hora do lanche





29 Março 2012 - As aulas mal começaram e você já não sabe mais o que colocar na lancheira do seu filho? Abuse da criatividade e invista nos lanches naturais e saudáveis. Especialistas recomendam que a preparação da merenda leve em consideração os nutrientes necessários ao bom desenvolvimento dos pequenos.
A falta de tempo não é desculpa para improvisar a preparação da merenda e nem para deixar as crianças colocarem na lancheira os itens atraentes das prateleiras do supermercado, como bolachas doces e salgadinhos, ricos em sódio e pobres em vitaminas. Por mais que o dia a dia de pais e mães que trabalham fora seja corrido, preparar um lanche saudável não é difícil.
Organize a merenda com alimentos de todos os grupos: energéticos (carboidratos e lipídeos como arroz, batata e pão), reguladores (verduras e legumes) e construtores (carne, leite e derivados). Não se esqueça de colocar uma fonte de hidratação. Água, sucos de frutas, preparados com pouco ou nada de açúcar, e as frutas in natura são excelentes opções.

Procure acompanhar o que o seu filho consome na escola.

Confira as dicas para montar uma lancheira agradável e apetitosa para o seu filho

 Qual modelo escolher?
 Escolher o modelo correto de lancheira é o primeiro passo. O material deve ser resistente, lavável e prático. Limpe-a sempre após a escola e utilize água e sabão uma vez por semana ou conforme a necessidade. Ensine seu filho que, antes de lanchar, é imprescindível lavar as mãos.

Se o preço couber no seu bolso, opte pela lancheira térmica, que armazena e condiciona melhor o alimento. Se não for possível, utilize recipientes térmicos internos. Os lanches devem ser embrulhados em papel-filme e depois colocados em potes de plástico. Leite e sucos que possam estragar precisam estar bem refrigerados para não fermentarem e causarem incômodos ao seu filho.

Como organizar o lanche?
Prepare a merenda com carboidratos (biscoitos, barrinhas de cereais, pães), proteína (frios, leite e iogurte), vitaminas e sais minerais (frutas e sucos). As opções coloridas e feitas em formatos diferenciados atraem mais.

 As frutas cortadas em pedaços e que não escurecem, como o mamão e a melancia, normalmente são bem aceitas pelas crianças.

 Alterne o tipo de lanche para que o seu filho não enjoe do cardápio. Os pães podem ser oferecidos em diversos tipos: forma comum, integral, bisnaga, torrado. Varie, também, o bolo e o recheio dos sanduíches (presunto, chester, peito de peru). Lembre-se de que esses itens são perecíveis e precisam estar bem condicionados para não estragar.

 Insira ingredientes naturais nas receitas tradicionais: acrescente cenoura, milho e ervilha no pastel de forno ou na fatia de pizza.

Inclua seu filho no processo

A tendência é que as crianças que não estão acostumadas a comer frutas prefiram os alimentos industrializados. Para mudar o hábito, familiarize seu filho com as opções naturais. Inclua-o no processo do lanche: leve-o ao supermercado, ensine como escolher as frutas, peça ajuda para montar o sanduíche e jogar as cascas da laranja fora.

Montem juntos um cardápio semanal, de acordo com o paladar da criança e com os nutrientes necessários ao crescimento dela.

Fonte: Ministério da Saúde e site Passarela Kids

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O primeiro ano do ensino fundamental.


Em 2006, o Brasil levou um susto com a lei federal que estipulou que crianças com 6 anos passariam a ser matriculadas no primeiro ano do ensino fundamental. Não houve uma discussão, digamos, pública, e a maior parte dos envolvidos – pais e educadores – tiveram mais dúvidas do que certezas, por muito tempo. Pois em 2012 termina o prazo para que as escolas se adaptem à data de corte. De acordo com a medida, os alunos precisam ter 6 anos completos até o dia 31 de março.


Como explica Francisco Aparecido Cordão, presidente da Câmara de Educação Básica, a escolha por essa data aconteceu para organizar a matrícula. “A expressão ‘início do ano letivo’ gera diferentes interpretações, por isso foi determinado esse corte, que é o mesmo adotado em outros países do Mercosul”, diz. Esta foi a segunda parte da polêmica instaurada a partir da mudança que “tirou” este grupo da pré-escola e estendeu o ensino fundamental de oito para nove anos. “Tudo aconteceu de forma pouco clara, sem uma discussão prévia com os professores e as universidades. Mas acredito que as escolas, principalmente as particulares, têm feito o seu melhor para se adaptarem”, afirma Maria Luiza Rodrigues Flores, professora da UFRGS e integrante do Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (MIEIB).

Mas, afinal, como as escolas se adaptaram? Ou como deveriam? Cada uma encontrou um jeito para receber a meninada de 6 anos. Em algumas, a sala do primeiro ano ainda fica no mesmo prédio do ensino infantil. Em outras, o intervalo não acontece com os “grandes”. E nada de provas ou boletins, apenas relatórios ou projetos a serem avaliados. Maria Luiza defende que o ideal seria pensar no que é melhor para a criança de 6 anos, não importa se é ensino fundamental ou infantil. “É preciso valorizar um currículo com jogos e brinquedos e pensar sobre o espaço físico mais adequado – até porque o aluno pode não alcançar o pé no chão ao sentar em uma cadeira maior.”

Sem pressa

Todo o cuidado das escolas em não “roubar” um ano da infância é necessário. “Aos 6 anos, a criança está em transição. É nessa idade que ela adquire a função simbólica, necessária para aprender a ler e a escrever. Por isso, ainda não está totalmente pronta para a alfabetização formal – o que acontecerá aos 7”, diz Elvira Souza Lima, neurocientista e pesquisadora em educação.

O importante, então, é encarar essa fase como um período transitório, em que exista uma porcentagem de atividades lúdicas e só aos poucos mais sistematizadas. Segundo as diretrizes curriculares do CNE de 2010, “a escola deve adotar formas de trabalho que proporcionem maior mobilidade às crianças na sala de aula, explorar com elas mais intensamente as diversas linguagens artísticas, a começar pela literatura, (...) ao mesmo tempo em que passa a sistematizar mais os conhecimentos escolares”. A escola também deve respeitar o ciclo de alfabetização e não deve reprovar neste período.

Simone Tinti


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Especial Páscoa: O Rabo do Coelho.




Em vez de espetar o rabo no burro, as crianças vão adorar acertar onde deve ficar o do coelho. A ideia é da modelista Kika Zorzetto. Não se esqueça de dar aquela rodadinha para seu filho perder a noção de direção e a brincadeira ficar ainda mais legal.


Materiais:

1 Cartolina

Tesoura

1 Metro de Feltro Branco

Cola

Lã Preta e Branca

3 Pacotes de Algodão

Tinta ou Caneta de Tecido Rosa

Agulha e Linha

Pedaço de Velcro

Venda

Como Fazer:

Reproduza o molde abaixo ampliado cinco vezes em uma cartolina. Recorte dois pedaços de feltro nesse formato, depois costure com agulha e linha, deixando um pedaço aberto. Peça para seu filho ajudar a encher o coelho com algodão para deixá-lo bem fofinho. Depois, colem os bigodes de lã preta e pintem a orelha. Costure o restante do coelho e faça uma alça com a lã branca. Corte alguns fios de lã branca, enrole-os e amarre-os para fazer um pompom e cole um pedaço de velcro. Depois, é só vendar seu filho (pode ser com aqueles tapa-olhos de avião ou com lenço) e começar a brincadeira.



Pesquisa comprova que a diversão na infância pode influenciar o desempenho futuro nos estudos.



Brincar com os filhos já é gostoso. E os benefícios vão além da diversão. Um estudo realizado pela Utah State University (EUA) constatou que essa interação pode ter relação direta com o desempenho escolar da criança no futuro. Foram 15 anos observando 229 crianças de famílias de baixa renda. Os pesquisadores chegaram à conclusão de que atividades divididas em etapas; jogos que propõem formação de palavras, de figuras e de objetos; passatempos lúdicos relacionados às experiências da criança e exercícios incentivadores são as categorias de brincadeira que mais influenciam no desempenho dos estudos.


A explicação está no estímulo que as brincadeiras produzem no sistema nervoso. “Após o nascimento, o cérebro ainda está em processo de formação. Assim, essas atividades de diversão potencializam o desenvolvimento cognitivo”, explica Marcelo Masruha, professor do setor de neurologia infantil da Unifesp. De acordo com ele, as brincadeiras que têm possibilidades abertas estimulam a criatividade e também contribuem para um bom desempenho escolar. Sabe aquela caixa vazia que seu filho transforma em casa, carrinho ou qualquer outro brinquedo? É isso! Entram nessa lista os blocos de montar, bola e argolas com cone.Brinque junto






Exatamente! A sua participação na diversão da criança é essencial. Ainda que você trabahe o dia todo, reserve um tempo para vocês, para que esteja inteiro na brincadeira com o seu filho. Não adianta estar apenas ao lado dele, plugado no telefone, computador, iPad. Mais do que a quantidade de tempo com as crianças, a qualidade do momento em que estão juntos é que vai fazer a diferença.



Participar do brincar junto com o seu filho oferece equilíbrio emocional a ele. “As crianças sentem-se mais seguras quando estão brincando com os pais”, diz Masruha. De quebra, esse carinho também vai refletir no aprimoramento da linguagem do seu filho. Para o especialista, todo aprendizado associado à emoção é mais duradouro, ou seja, ajuda na cristalização da memória. E tem jeito mais gostoso de contribuir para o crescimento do seu filho do que se divertir com ele? Aproveite!

 Fonte: Marcelo Reibscheid, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz (SP)


Pai de filho autista lança livro sobre a importância de iniciar cedo o tratamento para o transtorno




No livro Autismo: Não espera – Aja logo!, jornalista conta a história do filho Giovani, 4 anos, e de outras crianças autistas.
“Se não houver envolvimento da família, pode ter certeza de que o tratamento não terá o mesmo resultado.” Esse é o recado do jornalista Paiva Neto, pai de Giovani, 4 anos, uma criança autista. Quando teve a suspeita do diagnóstico, ele não sabia nada sobre a síndrome. Foi pesquisar e conversar com outros pais e, diante de tantas descobertas, informações e dificuldades, decidiu escrever o livro Autismo: Não espera – Aja logo! (R$ 39, Ed. M.Books), lançado na última sexta-feira, 30 de março. Com uma linguagem fácil, ele conta sua história e a de outros pais de crianças autista e faz um alerta sobre a importância do diagnóstico precoce.


Qual foi a sua maior motivação para escrever o livro?

Paiva Neto: O único consenso que existe hoje na comunidade médica e científica a respeito do autismo é que quanto antes for feito um diagnóstico e se inicie o tratamento, melhor será a qualidade de vida dessa criança. Por isso a gente tem que tratar o quanto antes. Eu não conhecia nada a respeito de autismo e percebi que muitos livros sobre o assunto eram técnicos demais, então pensei que podia contar a minha experiência para tentar democratizar mais essa informação. O livro é escrito de leigo para leigo, de pai para pai. A ideia é que os pais possam saber quais são os sintomas, como é o autismo, para conseguir suspeitar e poder encaminhar a criança para um especialista. Não adianta ter acesso ao tratamento se você não sabe o que é a doença. Hoje a gente estima que deva ter 2 milhões de autistas no Brasil, mas acredita-se que 2/3 dessas pessoas não sabem que têm autismo. O diagnóstico é a primeira barreira.
Aceitar que o filho tem autismo pode ser bem complicado. Negar o diagnóstico é uma segunda barreira?


P.N.: É muito comum essa fase de negação, só que ela é perigosa. Por isso, inclusive, o nome do meu livro: “Não espere – Aja logo”. Muitos pais, nessa negação, adiam o tratamento, ou porque não querem enxergar ou porque estão esperando um diagnóstico formal, no papel, o que é muito difícil de obter, ainda mais nos primeiros anos. Meu filho, por exemplo, vai fazer 5 anos no mês que vem, e até os 3 eu não tive um diagnóstico claro. Sabia que era um transtorno global de desenvolvimento, que poderia ser autismo, mas não era certeza. O médico não tem como dizer, porque é uma fase ainda em desenvolvimento e muita coisa pode acontecer, não dá para fechar um diagnóstico. Tem pais que esperam estar com um papel na mão para iniciar o tratamento, e esse é um grande erro.

Você também passou por essa fase de negação com seu filho?

P.N.: Sim, eu pensei: “Não deve ser isso. Não pode ser isso.” Só que essa minha negação durou minutos. Eu conheço pais que ficam três anos nessa negação. É sentimento é comum, claro, que vem com qualquer notícia impactante. E saber que um filho seu tem autismo é impactante, porque você mata todos aqueles sonhos que fez para o futuro dele. O grande complicador do autismo talvez seja que a criança nasce perfeita, às vezes até um 1 de idade está tudo normal, a gente não observa quase nenhum sinal e não tem um exame que confirme a síndrome. De repente puxam o seu tapete e você descobre que seu filho não é como você pensava que era. Eu sei que é complicado receber essa noticia, mas é importante essa ação rápida, porque a criança não vai perder nada. Iniciar um tratamento de autismo com uma criança que não é autista não vai ser prejudicial para ela.
De que maneira a participação dos pais influencia no resultado do tratamento?


P.N.: É preciso mudar a rotina e a maneira de se relacionar com a criança. Eu costumo dizer que o autismo não afeta uma pessoa, afeta a família, porque muda tudo. E os pais precisam aderir a isso, conhecer as terapias e tratamentos que são feitos, até para saber cobrar depois. Se não houver esse envolvimento da família, pode ter certeza de que o tratamento não terá o mesmo resultado. A minha esposa é Relações Públicas e largou tudo para ajudar o nosso filho. Ela não tem nenhum dom para a área de educação, mas meu filho frequenta uma escola regular e a gente percebeu que se adaptasse o material ele se sairia melhor nos estudos. Então ela começou a fazer cursos e hoje faz as adaptações necessárias em todo o material dele. E cada vez ele precisa de menos adaptação.

Qual é a sua expectativa hoje para o futuro do seu filho?

P.V.: Com o tratamento, a criança ganha muitas habilidades e recupera muito das lacunas de desenvolvimento. Mas eu tento não esperar muito. Em casa tenho um slogan que é: “Um dia por vez”. Porque eu não fico pensando como vai ser quando ele tiver 14 anos, se ele vai estar na escola, se vai trabalhar, ser independente. Essas expectativas só aumentam a nossa ansiedade. Eu aprendi a viver o presente. Eu vivo o hoje e sou feliz com o meu filho hoje, do jeito que ele é, com as limitações que ele tem. Até ano passado ele não falava, agora ele fala. A comunicação é um dos grandes anseios dos pais de crianças com autismo, mas eu não esperei o meu filho falar. Eu era feliz com ele antes de ele falar. Ele falou? Melhor ainda. Essa forma tem dado muito certo para a gente: ser feliz hoje.

Fernanda Carpegiani